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A história de Luol Deng como refugiado

Renato Campos
Renato Campos
02 de Fevereiro

Como refugiado vivendo no Egito, Luol Deng e sua família acordavam todas as manhãs sonhando o dia em que poderiam encontrar uma nova casa.

Deng falou sobre o assunto depois da vitória de seu time, o Los Angeles Lakers, sobre o Denver Nuggets, na última terça-feira. Nascido no Sudão, Deng e seus oito irmãos tiveram que fugir do país em 1989 com seus pais, quando o jogador tinha apenas 4 anos de idade. Seu pai, Aldo Deng, que era membro do parlamento sudanês, optou por ir embora do país quando adversários políticos assumiram o controle e teve início a Segunda Guerra Civil Sudanesa.

Foi no Egito, onde Deng e seu irmão mais velho, Ajou, aprenderam a jogar basquete com o ex-pivô da NBA Manute Bol. Mais tarde, a Inglaterra concedeu asilo político aos Deng e a família se mudou para Brixton, na periferia de Londres. Lá, Deng começou a jogar basquete no colégio e os 14 anos se mudou para os EUA, onde jogou no High School. Em 2006, adquiriu cidadania inglesa, o que lhe permitiu representar a seleção de basquete do país.

Mais tarde, foi recrutado por Mike Kryzewski, técnico da seleção dos EUA e da Universidade de Duke para ganhar uma bolsa de estudos e se juntar ao Duke Blue Devils para a disputa da NCAA. Depois de um excelente ano no basquete universitário, ele se candidatou ao Draft de 2004, e foi selecionado na sétima escolha pelo Phoenix Suns, que imediatamente o negociou com o Chicago Bulls.

Nós nunca pedimos para deixar nossa casas, e muitas dessas pessoas passam por uma série de coisas que fogem de seus controles. Elas veem uma luz no fim do túnel e focam como seu objetivo maior, e quando essa luz é apagada, é muito duro. Não apenas para apenas um indivíduo, mas para toda uma família.
Me lembro quando era uma criança refugiada no Egito, sonhava todos os dias querer ir para um outro lugar. Nunca soube onde, não importava, só queriamos um lugar onde tivessemos oportunidade de fazer algo útil e para mim, essa oportunidade veio cinco depois. Hoje sou completamente agradecido por ter crescido no Egito e ter aprendido tanto sobre a vida. Mas ao mesmo tempo, eu sei o que é esperar todos os dias que uma oportunidade chegue.
Eu entendo o que eles estão passando porque também vivenciei isto. As pessoas com quem convivo sabem como é essa experiência porque conversamos e discutimos sobre o assunto. Posso imaginar o medo dessas pessoas em não saber o que pode estar por vir. Muitas das vezes tomamos atitudes por termos ouvido histórias que não vivenciamos. Acredito que as pessoas que apoiam essa atitude, da não permissão da entradas dessas pessoas, estão apoiando pelas histórias que ouviram e que acabaram acreditando.

O decreto foi assinado pelo presidente Trump na última sexta-feira e atinge imigrantes de sete países de maioria muçulmana e a refugiados de todo o mundo. A decisão, anunciada no Pentágono, ocorre dois dias depois de o novo presidente ordenar a construção de um muro na fronteira com o México para frear a entrada de imigrantes latino-americanos indocumentados.

Deng tem uma fundação que apoia os refugiados que você pode acompanhar em seu site luoldeng.org

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