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DeMar DeRozan - Perguntas e Respostas

30 de Dezembro

P: Você está muito bem para um jogador tipo 1982.

R: Agradeço, agradeço.

P: Sei que o arremesso de média distância é o seu jogo natural, mas como você tem resistido à tendência, quando todos lhe dizem que está jogando da forma errada, que você deveria dar um passo atrás (linha de três) e então arremessar?

R: Eu nunca segui à moda. Sempre fiz o que me deixava mais confortável, o que cresci assistindo, sempre foi minha mentalidade. Nunca deixei ninguém ditar como eu jogo, não importa a circunstância. Sempre pensei que se você pudesse ser ótimo em algo, você conseguiria. Você não pode seguir o que os outros estão fazendo para ser um jogador melhor. Eu nunca fui muito desse negócio analítico. Sempre fui do tipo rebelde quando se trata de conduta de trabalho. Você me diz que eu não posso fazer algo, vou fazer de propósito para te mostrar que pode ser feito.

P: Assim parece um cara que já foi expulso de algumas quadras no passado.

R: Com certeza. Já ouvi muitas reclamações.

P: Você me disse que estudou jogadores do passado que atuaram em uma era antes dos 3 pontos serem dominantes. Alguém em particular te impressionou?

R: Muitos caras. Por alguma razão eu me atentei aos que eram mais lentos, metódicos. Aprendi muitos movimentos de costas para a cesta com Andre Miller. Não era o armador mais atlético, mas ele sempre conseguia cestas quando jogava de costas, com as fintas e sua criatividade. Aprendi muito com Gary Payton à respeito do jogo de costas para o adversário, estes caras não eram um Ray Allen para ir lá fora e arremessar de três. Sempre prestei atenção sobre diferentes posições e tentava aplicar ao meu jogo de alguma forma, não importa quem fosse, posição um, dois, três ou quatro.

P: Aqui pensando, crescendo em L.A., os caras que ficavam na linha de três arremessando eram considerados moles?

R: Não diria necessariamente moles, mas sempre fui mais acostumado ao jogo físico, partindo pra cima, indo para o garrafão, finalizando por cima de alguém maior que você. Isso sempre foi o melhor momento pra mim. Vou tentar fazer contato contigo, cavar uma falta, e ainda converter a cesta. Você vê isso atualmente. Você vê muitos caras sofrendo faltas e fazendo cestas, indo pra cima dos grandalhões e vibrando. Não há nada melhor que isso. Sempre tive esta mentalidade desde que entrei na Liga, pensando em como eu poderia ser melhor na agressividade, não apenas ficando na linha de três, penso que seis oportunidades que tenho de ir para a linha de lance livre, sofrer falta, me dá um percentual de chance maior de converter arremessos. Essa sempre foi minha mentalidade.

P: Você está trabalhando os corta-luzes com novos jogadores, como o Bebe, neste campeonato. Estes treinos são muito importantes para você e Kyle. Como Bebe está evoluindo?

R: Ele está vindo muito bem. Eu disse há uns dois anos que ele é um destes grandalhões que são raros de encontrar, a envergadura dele, o quão esperto é na questão de fazer passes, sua esperteza para bloquear arremessos. Tudo que ele precisava era ganhar experiência. Agora, com ele ficando mais experiente e tendo a oportunidade de participar dos jogos até o final, pegando o jeito dos corta-luzes e tudo mais... ele sabe as tendências dos adversários também. Se é o Kyle com a bola, ele sabe como Kyle gosta de usar o corta-luz, para que direção Kyle gosta de ir, as trocas de posição. Ele trabalha duro. Presta à atenção. É um dos que mais querem aprender no time.

P: Como você se estabeleceu com Chris (Farr – treinador de fundamentos) e Jason (Estrada – Personal Trainer)?

R: O Chris, antes mesmo de eu ser selecionado, trabalhou comigo antes do Draft. Ele me estimulou para que eu fosse capaz de acreditar em mim. Ele nunca tentou mudar meu jogo, ele apenas queria que eu fosse fiel às minhas habilidades e tudo que eu poderia fazer e ser o melhor nisso. Ele me incentivou de várias formas, não somente com os treinos. Ele era como a figura de um pai neste sentido, durante este trabalho. O relacionamento que tínhamos tornava mais fácil para mim acordar às 6h, 5h da manhã, treinar duas, três vezes ao dia. Sabia que em geral, ele queria o melhor para mim, não importasse como. Ficou mais fácil. É por isso que eu estou junto com ele não importa a situação. Jason, eu conheci acredito que no meu segundo ou terceiro ano. Ele me deu outra perspectiva sobre mudar meu físico, como ter foco e ter o corpo de um homem adulto como eu tenho hoje, de realmente se esforçar e ver até onde seu corpo pode ir, especialmente no verão, aprendendo coisas novas, fazendo treinamentos. Não é só sobre todos os pesos que você pode colocar em uma barra e levantar, mas sim a resistência que você deve ter. Desta forma, isso fez meu jogo ficar melhor dentro da quadra.

P: Muito se escreveu sobre seus treinamentos com ele no Rio (de Janeiro). Como eles te ajudaram para este campeonato?

R: Ter eles comigo no time olímpico e fazer estes trabalhos, ver os meus últimos 7 anos na Liga, ter uma crítica e ver as coisas em que eu poderia ser melhor fisicamente, habilidades, eles realmente me levaram à outro patamar, especialmente por estar em um time olímpico, estar com 11 dos mais grandiosos no mundo, ter a possibilidade de ter meus treinadores todos os dias fazendo atividades, isso te dá a perspectiva do quão duro você trabalha e o que você deseja extrair do jogo.

P: Acho que você é a única pessoa que consegue dizer ao Kyle quando ele está fazendo algo errado. Quando que você precisa intervir com ele e quando ele precisa intervir em algo com você?

R: Sou um dos caras mais fáceis de se lidar para tudo. Sempre sou um cara tranquilo. Sendo assim, quando se fala de relacionamento, acho que é o que faz com que eu e Kyle seja tão legal. Acho que sou o mais calmo de nós. Eu escuto ele, ele me escuta. Isso torna nosso jeito mais simples. Assim, nunca precisa ser uma conversa que eu tenho que intervir em algo com ele. Eu posso apenas dar aquela olhada para ele, tipo, vamos lá. Ele já sabe. Ele já sabe. E vice e versa, vamos lá, não me deixe na mão D. Não precisa dizer mais nada, estou contigo. Ter este tipo de relacionamento com um companheiro de equipe e com seu treinador, você percebe quando a gente está jogando.

P: Vocês estão sempre fora dos holofotes por causa de onde jogam, mas vocês se sentem especialmente não vistos neste campeonato?

R: Sim, com certeza, especialmente pelo que fizemos no ano anterior, mostrando à todos que não era algo momentâneo. Tivemos seis jogos contra os campeões da NBA. Atingimos o recorde da franquia em vitórias. Conquistamos muitas coisas. E mesmo assim parece que a gente não tem o reconhecimento merecido, como se fosse algo acidental o que fizemos. Temos melhorado ano a ano. E acho que essa tem sido nossa motivação toda vez que vamos jogar, não importa contra quem seja. Somos um time que deveria ser respeitado assim como todos os outros times do topo da Liga.

P: São três jogos (derrotas) para o Cleveland. Eles não saem da cabeça de vocês?

R: Vocês viram estes três jogos. Foi decidido nos últimos dois, três minutos. E é isso que os torna tão bons, como eles executam as últimas posses de bola para ficar à frente no placar. Esse é o nosso próximo aprendizado para ser um time como o Cleveland, entender o quão bem você precisa executar as últimas posses, o quão é necessário ter uma boa defesa. Estamos neste caminho. Acho que é nosso próximo passo. Assim que conseguirmos, seremos ainda mais perigosos.

P: Vejo que nestes anos, sobre o calendário, você tem estado em Toronto em poucos Natais?

R: Sim.

P: Como eles foram?

R: Não foram ruins. Você meio que pega o espírito do Natal. Sou da costa oeste (lugar muito ensolarado), então tenho a oportunidade de ver a neve e tudo mais. Não é tão ruim. Na maioria das vezes eu tenho a chance de ir para casa (costa oeste) mas um Natal ou outro eu estive em Toronto, não é tão ruim.

P: O que significa ser o líder em pontos marcados na história da franquia? O que isso significa para você?

R: Eu nem acredito, de verdade. Muitas coisas que conquistei nesta organização são inacreditáveis. Ser o cara que está no topo, e de agora em diante, os caras vão tentar buscar este recorde. Eu tive a chance de ter um ótimo relacionamento com Vince (Carter), que foi onde tudo começou. Eu joguei com Chris (Bosh). Ter a oportunidade de ultrapassá-lo, é definitivamente uma bênção. Ter o seu nome na história da franquia, liderando ela em algo, é inacreditável cara.

Fonte: Morning Tip Q&A de David Aldridge

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