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Nike e Colin Kaepernick: entenda a polêmica e o debate nos Estados Unidos

Renato Campos
Renato Campos
06 de Setembro

A Nike ficou ainda mais em evidência durante a última semana por ter escolhido o jogador Colin Kaepernick como seu novo garoto propaganda.

Como parte da estratégia da campanha que comemora os 30 anos do slogan "Just Do It", o jogador postou uma foto em preto e branco do seu rosto com a seguinte frase: "Acredite em algo. Ainda que isso signifique sacrificar tudo."

Além de Colin, a tenista americana Serena Williams também fez uma públicação, no mesmo formato, com a frase: É só um sonho louco até que você realize".

Entenda o X da questão

O jogador está sem emprego desde 2017, pelo que acredita que seja um retaliamento por seu posicionamento político. Em 2016, contra a violência policial, Colin passou a se ajoelhar em campo durante o hino nacional americano em forma de apoio ao negros, e aos protestos liderados na época pelo movimento Black Lives Matter.

O gesto, que foi seguido por diversos outros jogadores de outras equipes e também de outros esportes como o basquete, causou polêmica dentro e fora das quatro linhas.

Em um país extremamente dividido, parte dos americanos entenderam o protesto como forma desrespeitosa à bandeira do país. O presidente Donald Trump, pra aumentar ainda mais a polêmica, afirmou:

Vocês não adorariam ver um desses donos da NFL, quando alguém desrespeitar assim nossa bandeira, dizer 'tirem esse filho da puta de campo. Ele está demitido?'. Donald Trump

Sem contrato com o seu ex-time San Francisco 49ers, Colin está fora dos campos desde 2017. Apoiado por uma série de atletas, o jogador passou a acusar a NFL de estar o boicotando em razão do seu posicionamento político. O caso está na Justiça trabalhista americana, em processo que aguarda a decisão do juiz.

Campanha da Nike gera novo debate

Colin Kaepernick conta com o apoio da marca desde 2011. Após seu nome culminar na polêmica, as camisas com seu nome foram as mais vendidas nas lojas de esportes, mas algumas delas foram queimadas por fãs contrariados que espalharam vídeos pelas mídias sociais.

Com a nova campanha, a marca vai lançar uma série de produtos vinculados à imagem do jogador, como camisas e tênis. Segundo fontes, a marca também vai apoiar uma campanha liderada pelo jogador, que visa alertar os mais jovens sobre empoderamento e maneiras de ligar com as autoridades em cenários diferentes.

A decisão da Nike sobre criar a campanha gerou diversas reações de apoio e rejeição de modo similar ao que se viu em 2016 quando todo fato aconteceu. A turma contrária a ação criou uma hashtag para bloquear a marca (#NikeBoycott) e por lá podem ser vistos vários produtos da marca sendo queimados.

Confira o vídeo da nova campanha da Nike

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