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Jrue Holiday conta como foi se afastar das quadras para cuidar da esposa

07 de Fevereiro

Jrue Holiday comoveu o mundo da NBA e dos esportes quando ficou 2 meses ausente por optar participar integralmente da recuperação de sua esposa, Lauren, duas vezes campeã olímpica com o time feminino de futebol dos EUA e MVP da Liga de Futebol Feminino dos EUA em 2013, que tinha passado por uma cirurgia no cérebro para tratar um tumor benigno.

Após estar ao lado de sua esposa durante a reabilitação e, por este motivo, perder 12 jogos do Pelicans no início da temporada, Jrue Holiday retornou ao time no final de novembro. Com um início com apenas 2 vitórias em 12 jogos, o New Orleans precisava muito de Holiday. Apesar de o time ainda viver muitos altos e baixos, ele está jogando muito bem.

Basquete à parte, Jrue comentou nesta entrevista os momentos difíceis que passou, como se adaptou e como está a situação de sua família atualmente. Confira!

P: Primeiro de tudo, como está Lauren, e como vai sua filhinha?

R: Certamente, minha esposa ainda faz alguns tratamentos, mas ela está indo bem. Está saudável, e é isso que importa. Deus me abençoou. E minha filha está saudável também. Então, não tenho nada pra reclamar.

P: Qual o nome dela?

R: Jrue Tyler

P: Como ela soletra o primeiro nome?

R: Da mesma forma. Tive que manter isso em família.

P: É difícil de imaginar como alguém clareia a mente e tenta voltar ao trabalho após uma experiência dolorosa. Como você lidou com isso?

R: Me certificando que minha esposa estava bem. Eu não estaria legal para voltar até que ela estivesse bem. Obviamente, estou certo que antes de eu voltar, ela estava tipo ‘não, estou bem’ e tudo mais porquê ela é durona. Mas eu não estava confortável com isso. Uma vez que eu soube que ela estava bem, e minha filha estava bem, e que ela poderia tomar conta da minha filha sozinha, então eu senti que era a hora.

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P: E mais, ela é uma atleta também, ela vai mentir sobre como se sente.

R: Com certeza! Com certeza! Sobre tudo, especialmente com lidar com contusões, e ser forte, durona. Mas ela é minha esposa também. Acho que conheço ela melhor do que ela pensa.

P: O que você precisou ver nela fisicamente antes de ficar bem para sair de casa?

R: Foi apenas sobre, tipo, após contusões, qualquer tipo de cirurgia, você tem que repousar. Essa é a parte mais importante. Penso, para mim, esta foi a coisa mais importante, ter a certeza de que ela poderia conciliar seu descanso para que seu corpo pudesse se recuperar e estar bem para a cada três horas estar com a nossa filha, ou quando ela acordar ou qualquer coisa. Acho que isso foi o mais importante. Não era sobre ela poder carrega-la, tomar conta dela fisicamente. Queria realmente que ela se recuperasse antes de deixá-la sozinha por alguns períodos de tempo.

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P: Penso que você deve ter alguém ajudando ela em casa.

R: Sim.

P: Mas existem horas que ela fica sozinha com a bebê?

R: Sim. E ela vai muito bem. Fica tranquila. Está sempre por perto, toma conta da nossa filha. Tudo relativamente normal. Tem sempre um pouco de normalidade e situações bem atípicas.

P: E você precisa ter algum tempo de sono também. Me lembro de nosso primeiro filho e como isso foi para mim fisicamente.

R: Eu não dormi muito. E tudo bem com isso. Eu não precisava. Eu só tinha que me certificar que minhas meninas estavam bem.

P: Quando você está em viagens longas, é difícil ficar longe?

R: Sim. Especialmente quando você tem tempo livre. Durante o jogo, obviamente é o trabalho. Mas nas folgas, cara, tipo, este é um tempo que eu poderia estar passando com minha filha e minha esposa. Depois de conseguir ter ajudado ela ou apenas um tempo para aproveitar. Mas sinto o que todos que passam por isso sentem de alguma forma, em qualquer tipo de trabalho que seja. Não é só no basquete, pode ser com um doutor, alguém que trabalhe com seguros, o que seja. Mas certamente na estrada, é a parte mais difícil, quando você tem cinco ou dez dias onde não irá ver elas.

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P: Skype e FaceTime ajudam bastante.

R: Todos os dias. Vejo elas todo dia. Mas você não consegue tocar, beijar ou ver elas se desenvolvendo. Você sente que perde bastante.

P: O que tem pela frente na recuperação da Lauren?

R: Acho que só tempo mesmo. Apenas o tempo para sabermos que está tudo bem. Obviamente, ela tem os acompanhamentos para certificar que está tudo certo.

P: O que ter se tornado um pai mudou em você?

R: Coloca muitas coisas em perspectiva. Você não fica tão furioso, na verdade, não quero dizer furioso. Mas você não se irrita tanto quanto antes, entende o que quero dizer? A criança consegue, definitivamente, clarear o seu dia. Não estou dizendo que minha esposa não. É só algo diferente à respeito disso, eu acho, algo que você meio que criou e sorri para você e passa o tempo e dorme no seu peito. Isso traz um tipo diferente de alegria.

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P: Esta criança está fadada à ser uma atleta, certo?

R: Acho que é 50 à 50. Ou ela vai ser muito boa ou muito ruim. De uma forma ou de outra, não importa para a gente. Ela pode tocar violino, ela pode, não sei, ser dos computadores ou tecnologia. Ou pode ser dos esportes. O que seja. É meio que ruim pensar na pressão que pode ter, penso eu, no futuro dela. Mas certamente, eu e minha esposa, vamos conseguir lidar com isso bem e sermos capazes de ajudar ela a lidar com isso também.

P: Eu não vou sentir inveja do cara que vier para sua casa para levar sua filha para sair.

R: Então, isso vai ser, é eu não sei sobre isso. Não vamos pensar nisso agora. Temos uns 25, 30 anos para isso (risos).

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