A espera de Patrick Ewing acabou no último mês de Abril quando o ex-jogador do Knicks e ex-assistente técnico do Hornets foi contratado pela Universidade de Georgetown para comandar o time do Hoyas durante esta temporada da NCAA.
O posto na universidade onde jogou, antes de levar seus talentos para NBA é uma grande conquista. Mas sem dúvida, Ewing merece ainda mais.
Até o momento da publicação desta matéria (Dez. 2017), o Georgetown Hoyas está invícto na temporada tendo disputado seis partidas até então no campeonato universitário americano.
Se você acompanhou a carreira de Ewing defendendo o Knicks nos anos 90, deve se lembrar que o jogador não era um cara muito comunicativo e por muitas das vezes o via enrolado em sacos de gelo quando descansava alguns minutos no banco de reservas, antes de voltar a doutrinar no garrafão. Mas também foi com essa personalidade que Ewing garantiu o campeonato para a o Hoyas em 1984.
Para quem pensava o contrário, a carreira como comissão técnica veio antes do que talvez ele próprio imaginava. Ewing se aposentou em 2002 e logo fez parte dos assistentes do técnico Jeff Van Gundy no Rockets.
Mas Ewing não se deu por satisfeito. Ele queria ser o principal comandante de um time. E o tempo passou bem devagar para o Jamaicano que hoje tem 55 anos.
Oportunidades surgiram, mas em nenhum momento o nome de Patrick Ewing esteve envolvido em algum rumor de um time de NBA. Em 2011, nove anos após trabalho com o Rockets de Van Gundy, Ewing viu seu ex-companheiro de time Mark Jackson ter sido contratado pelo Warriors sem ter o mínimo de experiência. Até o próprio Knicks, quando demitiu Don Chaney em 2004, fez entrevista com nove candidatos ao longo de 13 temporadas sem ao menos dar uma chance ao maior jogador de sua história.
Coincidência ou não, no momento nenhum ex-pivô é técnico de algum time da NBA. Se a memória não falhar, Bill Cartwright com o Bulls e Herb Williams com o Knicks, foram os últimos.
A NBA tem preferido ex-armadores para serem seus técnicos
Ao que parece, ex-jogadores que atuaram na posição de armadores, parecem ter mais crédito com a diretoria. Será talvez porque o armador é considerado o cérebro das jogadas de um time e por isso entenderiam melhor o jogo? Tem gente que defende a teoria. Se levarmos adiante esse pensamento, temos mais um exemplo além do até então inexperiente Mark Jackson. Hoje técnico do Bucks, Jason Kidd também foi contratado sem ter experiência para comandar o jovem time. Se ainda explorarmos um pouco mais, a lista aumenta: Steve Kerr, Tyronn Lue, Doc Rivers, Nate McMillan, Scott Brooks, Jeff Hornacek e Earl Watson são alguns nomes, que são, ou já passaram pelo cargo de comandante de uma franquia.
Fato é, que Patrick Ewing começou um belo trabalho em Georgetown e se continuar no mesmo ritmo, logo vai ser notado com mais carinho pelos times da NBA.
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